domingo, 17 de julho de 2011

Uma pequena análise do processo de apredizagem de um Idioma




O estudo de uma língua exige muito mais do que apenas aprender vocabulário e estruturas gramaticais - o conhecimento da cultura e peculiaridades do idioma são partes cruciais do processo. A linguagem está sempre em movimento o que faz necessário constante estudo e acompanhamento através de leituras e outros meios que nos  atualizam em relação a estas mudanças.

Muitas pessoas encaram o desafio de aprender um idioma de uma maneira equivocada. Não adianta ficar preocupado em decorar palavras e estruturas se não há conhecimento da realidade e cultura onde ele é falado. O simples conhecimento de estruturas e expressões não é o suficiente para se dominar uma determinada língua.

No decorrer de todo este tempo que trabalho com o ensino da língua inglesa muitas vezes os alunos me questionam coisas que nao tenho como responder porque muitas perguntas simplesmente não possuem uma única resposta ou uma simples explicação - o que falta ao aluno nestas situações é a vivência da língua.

Considerando o aspecto gramatical as explicações são sempre mais precisas e tudo tem um porquê, mas nem sempre isto é possível. Como explicar, por exemplo, a expressão: "I am sitting"? Geralmente queremos basear o entendimento no conhecimento que temos de nossa lingua materna.  Se o aluno considerar a estrutura gramatical a expressão pode ser traduzida como: "Eu estou sentando", mas isto não está correto. O correto seria: "Eu estou sentado". Daí vem a indagação: "Mas porque seria esta tradução se a estrutura é "to be + a forma ing?" Os  alunos traduzem o "ing" como sendo nosso ando, endo, indo ou ondo. Fica evidente aqui que na verdade muitos traduzem o tempo verbal sem, na verdade, entendê-lo. Todos os tempos verbais transmitem de forma implicita muitas informações - a expressão citada acima está no "Presente Progressivo ou Presente Continuo" e  uma das informações que o uso desde tempo nos dá é que a ação descrita está em progresso, ou seja, a pessoa está sentada por um determinado periodo de tempo. Tal confusão não acontece quando analisamos outra sentença com um outro verbo que terá o mesmo entendimento em nosso velho e bom português. Por exemplo: "I am working". Aqui não haveria dúvidas, pois em português falamos da mesma forma e a comparação seria evidente. Quando nos deparamos com situações que não temos como traduzir um tempo verbal tal qual ele esta escrito, como por exemplo traduzimos o verbo "to eat", daí, a falta de conhecimento mais profundo, gera toda a confusão.


Muito mais do que se prender à regras, estruturas e vocabulário, temos que estar expostos a cultura e dinâmica da língua e nada melhor pra se fazer isto do que estar em contato com livros, jornais, revistas, músicas, internet, filmes e outros recursos que são incontáveis. Não é porque você ainda não teve oportunidade de visitar um país de língua estrangeira que você está limitado a aprender a língua e cultura deles. É uma grande lástima deixar todos os recursos que a tecnologia dos dias atuais oferece para limitar nosso conhecimento entre as quatro paredes de uma sala de aula e por consequência limitar o processo de aprendizagem.

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